Saturday, December 22, 2007

like paper butterflies

semelhante ao nouvelle vague, posso ouvir two for the road mais de cem vezes por dia que não vou cansar.
não sei direito, mas há momentos em que ou a gente faz logo o que está pensando, ou se arrepende para sempre por pensar demais.

they all seem to think we're having an affair
and I can't help a wish that was true.



é.
=)

Saturday, December 15, 2007

isso.

Todo mundo diz que sabe, quando diz que não sabe é porque
é charmoso não saber algo que todas as pessoas já sabem como é
Todo mundo é original, é especial, é o que todos queriam ser
Não basta ser inteligente, tem que ser mais do que o outro pra ele te reconhecer
Todo mundo ganha grana pra dizer que ela não vale nada
Todo mundo diz que é contra a violência e sempre dá porrada
Todos querem se apaixonar sem se arriscar, nem se expor e nem sofrer
Todas querem vida fácil sem ser puta e com reputação, se reprimem e começam a dizer:

Eu sou melhor que você
mas por favor, fique comigo que eu não tenho mais ninguém.

Tuesday, December 11, 2007

arrivederci.

hoje vou escrever igual em diário de papel, umas conclusões bobas que ninguém precisa ler.

não tive nenhum insight, rs.
a última vez que estive aqui ainda estava no choque, por assim dizer, dos vinte e poucos anos.

mas olhando de longe.. que coisa, né?
continuo com a sensação de que tudo está apenas começando!..
é uma sensação deliciosa, às vezes. de tudo ser novo, de sempre poder arriscar e se jogar de cabeça.... de querer que as horas voem para poder viajar, encontrar as pessoas!
apesar dessa cobrança infeliz e eterna "do que você vai ser na vida" , como se a vida fosse acontecer daqui há alguns anos.
não sei nada, quem garante?

muitos planos foram adiados esse ano!
e milhões de coisas, no mínimo, inusitadas aconteceram.
mas acredito que para tudo exista uma razão.... a qual pretendo compreender um dia. rs



que não demore muito.

Tuesday, October 09, 2007

20 anos blues.

faz barulho de chuva. já é mais de meia noite. domingo fiz 21 anos. o peso nas costas continua o mesmo. a dor também. a cama nunca foi tão grande. talvez, precisasse de mais tempo para usufruí-la. é fato que nunca foi tão grande, nem teve tantos travesseiros. 21 anos. tudo mudou. amanhã tenho prova. preciso ler de novo alguns textos. de tarde, mais compromisso. sexta é feriado. meu cabelo nunca será satisfatoriamente do jeito que eu quero. me cobro mais do que deveria. não sei se vou dar conta de tudo. preciso de mais horas para dormir. quando é que as coisas vão ter um final feliz. quem foi que disse que o tempo faz passar. e se o medo não passar. e se faltar coragem. nada mudou.


"ontem de manhã quando acordei
olhei a vida e me espantei
eu tenho mais de vinte anos."
na voz da elis.

Thursday, September 20, 2007

será que cola?

outra coisa que me inquieta muito são essas modinhas.
ultimamente, para a minha eterna surpresa, algumas coisas bem legais têm sido lançadas, nesses revivais anos 40, 50, não sei, parece que estão acertando no tom. estou falando de roupas, calçados e acessórios, sim.

dia desses, andando pelo shopping, coisa que nunca tenho paciência para fazer, e agradeço as milhares de lojas espalhadas pelos bairros que me livram desse fardo, deparei com uma das coisas mais horrendas já inventadas depois da boneca da Angélica com a pinta na perna: sim, era a tal sandália/tamanco/incógnita de borracha. lançamento.

aí percebi que aquilo não era novidade para mim, na semana anterior eu havia visto um casal, sim, pasmem, um casal usando os tais tamancões de borrachas super coloridos.

gente, mau gosto tem tamanho, vocês podem ser processados por poluição visual.


mas enfim, o que quero concluir com isso tudo é: não há limites para as imposições mercadólogicas e as pessoas vão comprar mesmo achando esquisito, porque 'tá na moda'.
o que me faz pensar, também, na salinha dos estilistas, grandes empresas e seus parceiros pensando: "é.. é estranho, mas a gente chama isso de inovador, faz uma puta campanha, chama a gisele bixem e pronto. um sucesso".


ai, cristo.

" muitos querem se vestir com o que não lhes fica bem"...

ps. não consegui achar uma foto da dita-cuja, but trust me, quando você vir, vai saber o que é.

comer para crer.

A primeira vez que vi a Fantástica Fábrica de Chocolates, lembro da cena de uma parede com vários desenhos de frutas ou comidas, e Mr. Wonka pedindo para as crianças provarem dos desenhos, aquela coisa que no remake virou um jardim super hi-tech de coisas comestíveis, - " até eu sou comestível, mas isso seria canibalismo." - e super coloridas e vivas. Ainda no remake, há a infame situação do chiclete que se mastigado, se comportaria como a ingestão de uma refeição inteira, saciando o indíviduo e ainda poupando-lhe tempo. Porém, ainda em fase de testes, e avisada - ou não - por Willy Wonka, Violet Beauregarde, a menininha viciada em chicletes, se transforma em uma gigante blueberry. Antes disso, ela descreve a sensação inigualável de estar comendo batatas, carne.... enfim, a tal refeição.

bom, fazendo um paralelo com a realidade, pelo menos a minha, chego às batatas ruffles com seus - nem tão- novos sabores de frango à passarinho, frango com um 'toque de azeite', e derivados.


Já até consigo imaginar a sala da fantástica fábrica da ruffles onde eles transformam uma galinha em batata.


fala sério, galera.

Wednesday, September 12, 2007

when routine bites hard..



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sexta-feira desta mesmíssima semana tem show do Nouvelle Vague no Circo Voador, Rio. E eu não vou. Pode parecer que não estou desesperada, mas isso são muitas horas de mantras e pedidos de calma ao divino-espírito-santo.

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comecei a ouvir NV dentro da van que nos levava para Itaúnas, revéillon de 2005, primeiro período da faculdade de arquitetura. E foi o Everson que pôs o cd. Até então eu duvidava bastante das preferências musicais dele; estava enganada.

Com a paixão, comecei a colecionar tudo o que eu podia de notícia, música, e estampas de stêncil desta banda. Aos desavisados, Nouvelle Vague quer dizer Bossa Nova, em francês. E o que eles fazem, de fato, é revisitar clássicos da década de oitenta com um toquezinho da nossa bossa. É bonito, é pop ,no real sentido da palavra, e além de tudo é um tipo de música que cabe em qualquer situação: tristeza, alegria, praia, chuva, também não era assim com Vinícius?

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Enfim..
há pouco tempo descobri que Camille, minha querida e amada cantora francesa fazia parte do NV... eu suspeitava, afinal seus agudíssimos estavam presentes em algumas músicas.. impossível não reconhecer. Camille é a atual popstar française do Hexagone, e isso até me dá um pouquinho de inveja e raiva, ao pensar nos que 'reinam' em terras nossas. A mulher é uma mistura de pomba-gira com Brel, Barbatuques e o fino da bossa.


Pois é, Camille tem um quê de Bahia no sangue, o que sustenta minha teoria de que os franceses estão cada vez mais apaixonados pelo Brasil, e possivelmente, um dos poucos povos que percebeu a riqueza cultural que possuímos, além do já cansadíssimo trinômio 'futebol-samba-mulher-pelada'.

É por isso que a inveja diminui, rapá!

O Brasil tá na música francesa igual burrice nos Estados Unidos. para sempre.

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então, volto aqui aos meus mantras, porque desta vez, mesmo que sem Camille, não poderei ver minha banda preferida do século 21.

ps: não vale roubar meu stêncil, Graize.

Tuesday, September 11, 2007

o pouco que sobrou.

há alguns dias, escrevi muitas coisas sobre essa necessidade pungente que temos que colocar as coisas para fora, em algum momento.
muito engraçado, pois no momento, eu acabei fechando a janela sem querer e desisti de postar.

enfim. um ano de fesmusquim. amelie disse que a gente não pode se basear pelo festival, senão o ano passa muito rápido. realmente, é assustador.

já que é assim.. foi ontem, então.. que eu cheia das minhas crises brandas resolvi pedir um tempo com uma dada pra pessoa, para poder me resolver primeiro. mas me arrependi tão amargamente disso, que durante o festival mesmo, já estávamos de volta.

lembro dessa situação agora nitidamente, e tudo voltou à tona neste exato momento em que encontrei uma versão de "Uns Versos", letra de um poeta português ( se não me engano..) musicada pela Adriana Calcanhotto.

recordo de todos os períodos de crises, as 'pra valer', da minha vida em que esta música estava presente. e sei lá, de alguma forma dói. e alivia.


'Sou sua noite, sou seu quarto
Se você quiser dormir
Eu me despeço
Eu em pedaços
Como um silêncio ao contrário
Enquanto espero
Escrevo uns versos
Depois rasgo

Sou seu fado, sou seu bardo
Se você quiser ouvir
O seu eunuco, o seu soprano
Um seu arauto
Eu sou o sol da sua noite em claro,
Um rádio

Eu sou pelo avesso sua pele
O seu casaco
Se você vai sair, o seu asfalto
Se você vai sair, eu chovo

Sobre o seu cabelo pelo seu itinerário
Sou eu o seu paradeiro
Em uns versos que eu escrevo
Depois rasgo '.


e ainda espero o telefone tocar.

Tuesday, July 17, 2007

bolero de satã.

Você penetrou como o sol da manhã
E em nós começou uma festa pagã
Você libertou em você a infernal cortezã
E em mim despertou esse amor
Atormentado e mai de Satã
Você me deixou como o fim da manhã
e em mim começou esse angústia, esse afã
Você me plantou a paixão imortal e mal sã
Que me enraizou e será meu maldito final amanhã
E agora me aperta a aflição
De chorar louco e só de manhã
é a seta do arco da noite
Sangrando-me agora
São lágrimas, sangue, veneno
Correndo no meu coração
Formando-me dentro esse pântano de solidão.





bolero é brega né?
desde o dia que elis regina é brega.
um dia eu queria conseguir cantar essa música.


ah, alguns dias para a viagem.
:)
que delícia.

Monday, July 02, 2007

da sessão " alguns deveriam ouvir isso"..

now you say you're lonely
you cry the long night through
well, you can cry me a river
cry me a river
i cried a river over you

now you say you're sorry
for being so untrue
well, you can cry me a river cry me a river
i cried a river over you
you drove me, nearly drove me, out of my headwhile you never shed a tear

remember, i remember, all that you said
told me love was too plebeian
told me you were through with me

and now you say you love me well,
just to prove you do
come on and cry me a river... cry me a river

i cried a river over you

( Cry me a River, lindamente com o Caetano).

Saturday, June 23, 2007

live at pompeii

Cloudless every day you fall
Upon my waking eyes
Inviting and inciting me to rise
And through the window in the wall
Comes streaming in on sunlight wings
A million bright ambassadors of morning

And no one sings me lullabies
And no one makes me close my eyes
So I throw the windows wide
And call to you across the sky


Echoes Part One - Pink Floyd.


se fosse para escolher uma única banda, para sempre a melhor, sem a menor das dúvidas.

para sentir.

sexta-feira é um dia complicado.
misto da inquietude pelos dois dias que se seguem e o dever que nos espera por mais 24 horas comuns.

ato1:
estava eu, caminhando até o CT I onde tenho aulas às sextas, quando me veio um insight: olhei para a roupa que eu própria estava vestindo e, a ignorar o fato de que não prendi o cabelo em um longo rabo, de um lado só, a blusa roxa de manga morcego, a calça jeans desbotada esperando uma bainha há um ano e o allstar, voilà me senti "altos anos 80"..... mas foi por uma fração de segundos.

paralelamente a passarela em que caminhava, um ser irrompeu do espaço trajando um look bitchy-madonna em sua epóca mais trash-(like a virgin(claro, claro.). M-E-D-O.

ato2:
saí da aula e com amigos fui assistir ao Cheiro do Ralo, filme brasileiro, no Metrópolis. Constatei com poucos minutos de filme que já não aguento mais constatar nada, e resolvi esperar para ver. Não estava gostando da atuação teatral da mulher do rapaz, caras e bocas e não sei o que vai ali finge que pega um objeto e volta, à meia-luz; e da fotografia até que , quase findo o filme percebi que , as películas amareladas francesas são desse jeito para dar aquele ar de " que marravilha Parrí, hein Pierre?".. e nada tem de muito real, da capital cinza e chuvosa ( porque eu estou falando isso se eu nunca fui lá? enfin...). A fotografia era real, e o personagem bastante caricato também poderia ser real, por que não? Um colecionador, cujo escritório era um verdadeiro relicário trash, uma realidade possível, um babaca possível, dentre milhões de babacas os quais somos obrigados a aceitar no nosso dia-a-dia. Um desesperado, obcecado, enfim ( agora em português!).. um ser humano brasileiro, qualquer um, minha gente. Tava lá o problemas modernos todos inclusos.
Gostei, a trilha sonora é muito legal, ficava lembrando coisa dos mutantes o tempo todo.
E o Selton Mello tem se revelado um ator bastante versátil, deixando os papéis fracos e pastéis da tevê para o irmão.
E fizemos milhões de trocadilhos para o cheiro do rabo, verdadeiro subtítulo dessa história toda.
Diversão na tarde de sexta...
quem diria.

Thursday, June 21, 2007

o que em mim, faz de mim tão desigual.

tenho lido muita e pouca coisa, ultimamente.
digo isso porque deveria estar lendo "bibliografias"... mas estou nos textos ao acaso.
gosto de ler.
parece que o hábito me faz procurar nas entrelinhas qualquer coisa que me diga sobre o momento em que vivo, o que fazer, uma ajuda desesperada para sair do papel. qualquer coisa que se relacione, um link, aquela sensação de que tudo conspira para um determinado fim naquela semana: porque você conheceu uma pessoa nova, ou um novo conceito, e vê seu nome em todos os lugares, " como eu não havia percebido antes"..

parece agora que as letras convergem para um desenho maior.
então é hora de aguardar este texto,
a resposta.

Wednesday, June 13, 2007

sushi, champagne e petit gateau.

um tempão sem escrever e nem sei o por quê.
talvez porque interesse somente a mim, esta história de blog.
e não sei,, tanto se passou, e tanto em tão pouco tempo. assim mesmo, difícil de absorver.

hoje tenho uns sonhos diferentes dos passados, mas ainda sonho.

e tinha um encontro inteiro ainda para organizar, em um ano, e milhões de noites mal dormidas neste ínterim de vida - erea - vida.
e achei que tudo fosse voltar ao que eu chamava carinhosamente de 'normal'. E, para meu espanto, as coisas ficaram confusas e perdidas. Aí percebi, " porra, me perdi de novo".

Fico horrorizada com a mediocridade das pessoas, e essa coisa da vidinha banal que todo mundo consegue levar. Claro que não é todo mundo, mas assim, todos que fingem serem normais, e levantam todos os dias de manhã bocejando e cumprindo mais uma parte de sua rotina. E ignorando o fato que fazem coisas que não gostam, e se contentam com essa situação. Ah, o contentar-se!
Às vezes eu não vou à aula. Porque não. Porque existem milhões de idéias acontecendo no meu plano espiritualmente psicológico que os 'good-sleepers' não poderiam jamais entender.

É fato que meu dia se faz de horas que independem da rotação da terra, da claridade ou da escuridão.
Fato.
Fato é que também não entenderão se eu não cumprir o que esperam que eu cumpra.
Fato outro que não me importo mais com isso. Existe um limite para o sacrifício, e ganhos.

E... bem, aconteceu de existir alguém para viver isso tudo comigo.
E essa casualidade do dia ou da noite, me faz feliz, há não sei quantos doze meses.


obrigada por ontem.
te amo.